
Vivo no desejo de agarrar a memória de ti
nesta estranha inércia que me afasta do teu fundo
sobrevivo à vertigem das palavras que trocámos
sempre na ânsia de redesenhar o nosso mundo
Eu podia mostrar-te o lado errado das coisas
e embalar-te nas ondas cósmicas do espaço
desvendar o mistério mais profundo da civilização
e assim rever-te sempre em tudo o que faço
Mas a distância é bem maior que o pensamento
e pouco a pouco vai consumindo esta vontade
e em qualquer lugar nenhum, perdido do amanhã
continuarei a viver este imenso sonho sem idade
Enquanto o mundo adormece devagar...
( 18.05.2008 )
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