segunda-feira, 23 de junho de 2008
'' Sempre a perder ''
No fundo da rua, onde se esconde o perigo
avanço entre os escombros desta selva de pedra
arriscando a vida sem qualquer razão
perdendo o medo de me afundar na escuridão
Esgoto o tempo em pequenos pormenores
arrastanto o espaço que me envolve em sonhos
hei-de um dia esquecer-me de mim
em qualquer lugar nenhum, assim
Deixando-me ficar, sempre a perder
Quero acordar um dia sem destino nenhum
sentir a melancolia das horas a passarem
crescer entre os vícios que cercam o meu mundo
voltar para cima depois de bater no fundo
Quero sentir esses muros a ceder para sempre
rebentar com as fronteiras que me prendem
passo a passo vou vingando todas as mágoas
fechar os olhos e mergulhar no frio das águas
Sem me deixar ficar, sempre a perder
( 23.06.08 )
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