sábado, 17 de janeiro de 2009
" Enquanto a cidade dorme... "
De um céu cinzento cai a chuva devagar
tocando com indiferença os néons da cidade
as sombras recolhem-se nos resguardos das ruas
mas a tua ausência deixa-me sempre saudade
Num mar de palavras devoradas em silêncio
desce uma cortina serena de névoa cinzenta
mato o tempo na espera de um abraço teu
e mergulho sem medo nesta esperança pequena
Enquanto a cidade dorme, eu corro para ti...
Faz de conta que o mundo acaba em nós
faz-me acreditar no conforto do teu regaço
trago a chuva dentro de mim aprisionada
e vejo a tua sombra em tudo o que faço
Quero descobrir o segredo da tua luz
sentir que o sonho não se esconde de nós
perder-me na preguiça suave do teu olhar
e perceber que nunca vamos estar sós
Enquanto a cidade dorme, eu corro para ti...
( 16.01.2009 )
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