O sol desce a montanha
e o caudal do rio avança
o barco ruma sem destino
entre o medo e a esperança
A vida é vazia de sentido
e o tempo finge-se cansado
sempre triste e amargurado
como um repetido fado
Corpos tocam-se em angústia
nesta estranha melancolia
e o barco funde-se na penumbra
na procura de um novo dia
E um velho farol alumia
o futuro que se tem na mão
será o destino vencido?
ou seremos prisioneiros da solidão?
( 25.12.2007 )
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