
Há uma folha branca, nua de poemas
que trago junto ao meu peito apertado
como um palhaço pobre num palco vazio
não sei qual o verso mais acertado
Há um mundo de cores por descobrir
velhos segredos ainda por desvendar
mas este vazio é um poço sem fundo
que teimosamente insiste em continuar
Tenho a vida suspensa na palma da mão
e a certeza de um pedaço roubado ao futuro
as palavras lutam para se libertarem
trazem a magia da luz ao medo do escuro
E esta folha que um dia foi branca de cal
vaidosa, exprime-se num devaneio colorido
já tenho forças para sorrir ao céu brilhante
esquecer-me de quanto estive ferido
( 15.02.2008 )
Nenhum comentário:
Postar um comentário