quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

'' Sem nome ''
















Adormeço outra noite numa rua gelada
desaparecendo no meio desse nevoeiro
já nem me lembro do meu nome
não reconheço qual o meu paradeiro

As pessoas passam aceleradas e cegas
numa dança de sombras vazias
e eu sonho o futuro afogado em alcoól
sinto as mãos tremerem enrugadas e frias

Sei que pertenço a lugar nenhum
longe desta falsa democracia
já nem o sol brilha para mim
a minha vida é uma farsa consentida

Sobrevivo nos escombros desta cidade
perdido numa memória de liberdade
o tempo vai consumindo a minha alma
e o meu corpo já nem tem idade

Por uma vez que seja, dá-me a tua mão
ou apenas um pequeno sorriso então
empresta-me a amizade por um dia
trás ao meu mundo um pouco de alegria

Não ignores que existo ao pé de ti
deixa-me pertencer a esta sociedade
deixa-me ser um número e um nome
deixa-me agarrar tamanha vontade

( 20.02.2008 )

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