sexta-feira, 13 de março de 2009

" No fio da navalha "





















Vivo no redundante fio da navalha
entre o medo e o assombro da dor
ardo num fogo farto de esperança
na estranha utopia de um sonho maior

Sinto-me preso no emaranhado da teia
num jogo em que estou sempre a perder
trago comigo esta falta imensa
e fica tão difícil conseguir adormecer

Fixo o olhar no traço de um avião
e talvez assim eu finte esta solidão

Este arrepio que me gela o corpo
deixa-me ao sabor da madrugada
e as lágrimas que vês no meu rosto
foi a noite que de mim não quis nada

Fixo o olhar no traço de um avião
e talvez assim eu finte esta solidão


( 13.03.2009 )

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